sábado, 12 de dezembro de 2009

ProJovem Oportunizando o Desenvolvimento Comunitário

Este texto tem como objetivo apresentar alguns pressupostos básicos para melhor entender o papel desenvolvido pelos educadores do ProJovem e a eficácia do projeto na socialização, transformação dos jovens, que buscam com a nova visão de mundo adquirida com o aprendizado, as possibilidades de transformarem sua própria situação. O ProJovem Urbano, tem sido um grande desafio não só para os professores e coordenadores como também, para todos que estão envolvidos e comprometidos com a execução deste projeto que para alguns alunos é oportunidade, para outros é salvação.
Portanto, os educadores que atuam como facilitadores no pólo 1 núcleo Carmosina Sobral, vem trabalhando para satisfazer as necessidades deste público que só conheciam a discriminação, pelo fato de morarem no bairro Sumaré, periferia de Sobral. Já que, até os professores são questionados por estarem trabalhando neste bairro que na visão de muitos é um local perigoso, onde há pontos de negociação de drogas e consequentemente torna-se violento. Boa parte da literatura sociológica trata a pobreza e a desigualdade como tendo relação direta com a violência homicida. A taxa de analfabetismo é uma variável importante para analisar a qualidade de vida das pessoas e uma proxy de desigualdade. Contudo sua relação com crime de homicídio parece não ter relevância ( SOARES, 2008 )Por estas razões os alunos do ProJovem demoraram acreditar na seriedade deste projeto por vários motivos, os mais relevantes são os que dizem respeito as rejeições sofridas no cotidiano desta comunidade. Por tais motivos desconfiavam de tudo, até mesmo os conteúdos, dinâmicas para eles era besteira, ou qualquer atividade lúdica não era aceita com facilidade. Porém, aqueles que estão no nível de letramento, requer uma atenção especial por parte dos facilitadores que dispensam atenção especial para com estes alunos. Já com a finalização da Unidade I criou-se um elo de confiança entre os alunos, professores e o projeto, que oferece oportunidades, respeito no tratamento dispensados a eles, levando-os a se perceberem como cidadãos ou cidadãs, que estão construindo e transformando suas histórias e da comunidade. Hoje já não é tão difícil levá-los a falar sobre si, de suas vivências e até pedir explicações sobre como devem proceder em algumas situações. Tal transformação destes alunos tem sido construída de maneira gradativa. Atualmente eles falam de si com mais desenvoltura de suas dificuldades, frustrações, da não aceitação por terem feitos algumas escolhas. Portanto, passamos de intrusos a confidentes e conselheiros, o que aumenta nossas responsabilidades.

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